terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Datafolha: para 72% Temer seria melhor do que Dilma

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O Datafolha fez uma pesquisa de opinião com os manifestantes que foram à Avenida Paulista no domingo (13 ) para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Para 28% dos entrevistados, o hoje vice-presidente Michel Temer (PMDB) faria um governo ruim ou péssimo se assumisse a Presidência. O governo Temer seria bom ou ótimo para 19% e regular para 47%. As informações são do Estadão.
Mesmo com uma expectativa baixa, 72% dos manifestantes acham que Temer seria melhor do que Dilma na Presidência. Segundo o instituto, nesse universo, a taxa de reprovação de Dilma Rousseff chega a 98% – na população geral o índice é de 67%.
Entre os entrevistados, 78% acreditam no afastamento da presidência e 87% acham que ela deveria renunciar ao cargo. A maioria absoluta (91%) é a favor da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Perfil dos manifestantes
De acordo com dados do Datafolha, 58% das pessoas que protestaram no domingo na Paulista eram homens. A idade média do grupo era de 48,2 anos, mais alta do que nos protestos anteriores (39,6 anos em março, 45,2 anos em abril e 45,3 em agosto). Perto da metade do grupo (44%) tem renda familiar mensal igual ou superior a dez salários mínimos – na cidade, 27% se enquadram nessa faixa. Os manifestantes também têm média maior de escolaridade (81% têm ensino superior, ante 28% da população da cidade) e são predominantemente brancos (80% no protesto, 48% na população em geral).
Apesar de nenhum manifestante ter citado o PT, a maioria (55%) não tem nenhum partido de preferência. A maior porcentagem foi do PSDB, com 30% das citações. O partido Novo foi citado por 5% dos entrevistados.
O Datafolha ouviu 1.251 pessoas durante cinco horas de manifestação na Paulista. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Polícia Federal faz busca nas casas de Eduardo Cunha e de dois ministros

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Pedido de buscas foi autorizado pelo ministro do STF, Teori Zavascki, relator do processo da Lava-Jato
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF também tem ordem de busca e apreensão na casa de Cunha na Barra da Tijuca, no Rio. Também foram realizadas, segundo o G1, buscas nas residências do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA). Também em endereços do ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves e do da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, ambos do PMDB.
Estão sendo realizado buscas também na casa do ex-presidente da Transpetro no Ceará, Sérgio Machado, e em escritórios de advocacia e em empresas com contratos com a estatal.
A Polícia Federal apreendeu o telefone celular de Eduardo Cunha e também está na Câmara Federal, fazendo apreensões da Diretoria Geral da Casa.
Trata-se de mais uma fase da Operação Lava-Jato, desta vez chamada deCatilinária, em referência às Catilinárias, uma série de quatro discursos de Cícero, o cônsul romano, proferidos em 63 a.C., contra Catilina, um filho de família nobre que se aliara a comparsas para derrubar o governo republicano e obter riquezas e poder.Cunha é alvo de três inquéritos na Lava-Jato, já denunciado em um deles.
No total, 53 mandados de busca e apreensão em sete processos abertos a partir de inquéritos abertos no STF. Estão sendo cumpridos mandados em Brasília (9), São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).
As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos. As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.
Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa. Os investigados, na medida de suas participações, respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros.
São ao todo 9 mandados no Distrito Federal, ainda outros 15 em São Paulo, 14 no Rio, 6 no Pará, 4 em Pernambuco, 3 em Alagoas, 2 no Ceará e 1 no Rio Grande do Norte.
RUA ISOLADA
Em Brasília, dez agentes da PF estão do lado de fora da residência, e outros três carros do Centro de Operações Táticas (COT) isolam a pista que dão acesso à residência oficial de Cunha.
As buscas foram pedidas pelo procurador-geral Rodrigo Janot e autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O procurador-geral pediu as buscas em endereços de Cunha a partir das investigações sobre o envolvimento do deputado em corrupção na Petrobras. Cunha é acusado de receber propina de US$ 5 milhões vinculada da contratação de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries pela Petrobras, um negócio de US$ 1,2 bilhão.
Segundo o blog de Lauro Jardim, trata-se de mais uma fase da operação, desta vez chamada de Catiliária, em referência a uma série de quatro discursos de Cícero, o cônsul romano, proferidos em 63 a.C., contra Catilina, um filho de família nobre que se aliara a comparsas para derrubar o governo republicano e obter riquezas e poder.
Cunha é alvo de três inquéritos na Lava-Jato, já denunciado em um deles.

Rossoni não atendeu ligação de Cunha

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Severino Motta, Radar on-line
O primeiro dos suplentes a chegar ao Conselho de Ética da Câmara nesta manhã, e que acabou ocupando a cadeira de Betinho Gomes no colegiado, foi o deputadoValdir Rossoni, do PSDB do Paraná.
Devido à possibilidade de ele assumir a cadeira, foi procurado na noite de ontem por Eduardo Cunha. Segundo parlamentares próximos a Rossoni, quando soube que o presidente da Câmara queria falar com ele, não autorizou a transferência da ligação.

Fruet contra o impeachment

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Presente de aniversário para Dilma Rousseff, que completou 68 anos nesta segunda-feira (14). Ontem, prefeitos de seis capitais entregaram uma carta de apoio em que repudiaram a decisão de Eduardo Cunha de autorizar a abertura do processo de impeachment de Dilma. A reunião foi no Palácio da Alvorada.
Participaram do encontro os prefeitos Carlos Enrique Franco Amastha (Palmas), Clécio Luís Vilhena Vieira (Macapá), Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Alcides Bernal (Campo Grande), Paulo Garcia (Goiânia) e Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra (Fortaleza).
Também assinaram a carta Carlos Eduardo Alves (Natal), Edivaldo Holando Junior (São Luís), Fernando Haddad (São Paulo), José Fortunati (Porto Alegre), Marcus Alexandre (Rio Branco), Gustavo Fruet (Curitiba), Luciano Cartaxo (João Pessoa), e Teresa Surita (Boa Vista).

Conselho de Ética nega novo pedido de vista no caso Cunha

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (15), por 11 votos favoráveis e 9 contrários, negar pedido de vista (mais tempo para análise) sobre o processo que investiga o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido se referia ao parecer preliminar apresentado pelo novo relator do caso, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que pede a continuidade da investigação sobre o peemedebista.
Aliados de Cunha informaram que pretendem recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No entanto, com a rejeição do plenário de adiar a votação por dois dias, o colegiado poderá, em tese, votar ainda nesta sessão o parecer preliminar.

Operação do Gaeco prende ex-vereador Juliano Borghetti


Da Gazeta do Povo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpre mandados nesta terça-feira (15) em Curitiba em decorrência da operação Quadro Negro, que investiga o desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados a obras em escolas do estado. Fontes extraoficiais confirmaram que ex-vereador de Curitiba,Juliano Borghetti, – irmão da vice-governadora Cida Borghetti e um dos personagens da briga entre as torcidas do Atlético e do Vasco em Joinville (SC), há dois anos – é um dos alvos do grupo. Ele foi preso e encaminhado à sede do Gaeco.
Em setembro, operação apreendeu R$9 milhões em bens.
O MP-PR confirmou a ligação das ações com as investigações da operação Quadro Negro, que apura o desvio de recursos públicos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) por meio de contratos com empresas para construção de escolas. A prisão de Borghetti, que não foi citada pela nota oficial do MP, teria ocorrido porque o nome dele estaria ligado à empresa Valor Construtora, uma das envolvidas no esquema de desvio da Seed.
O advogado do ex-vereador, Cláudio Dalledone Júnior, garantiu a inocência de seu cliente. “Toda a operação está fundada em três depoimentos: de duas delatoras e uma advogada”, apontou o advogado. “Juliano é inocente. Não vejo nenhum colorido criminal em qualquer conduta dele”, acrescentou.
Outras autoridades
Dalledone Júnior disse que teve acesso aos documentos e adiantou que outras autoridades – secretários e/ou deputados estaduais – também estão sendo investigados. Como secretários e deputados têm foro privilegiado, o advogado questiona a legalidade da operação.
“Nós vamos analisar o conteúdo dessas declarações e quero ver o formato e a legalidade desta operação. Porque ao analisar documentos, diz aqui que autoridades com foro privilegiado estão sendo investigadas também. Então, tem que ser investigado pelo Tribunal de Justiça”, apontou o advogado.