terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Operação do Gaeco prende ex-vereador Juliano Borghetti


Da Gazeta do Povo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpre mandados nesta terça-feira (15) em Curitiba em decorrência da operação Quadro Negro, que investiga o desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados a obras em escolas do estado. Fontes extraoficiais confirmaram que ex-vereador de Curitiba,Juliano Borghetti, – irmão da vice-governadora Cida Borghetti e um dos personagens da briga entre as torcidas do Atlético e do Vasco em Joinville (SC), há dois anos – é um dos alvos do grupo. Ele foi preso e encaminhado à sede do Gaeco.
Em setembro, operação apreendeu R$9 milhões em bens.
O MP-PR confirmou a ligação das ações com as investigações da operação Quadro Negro, que apura o desvio de recursos públicos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) por meio de contratos com empresas para construção de escolas. A prisão de Borghetti, que não foi citada pela nota oficial do MP, teria ocorrido porque o nome dele estaria ligado à empresa Valor Construtora, uma das envolvidas no esquema de desvio da Seed.
O advogado do ex-vereador, Cláudio Dalledone Júnior, garantiu a inocência de seu cliente. “Toda a operação está fundada em três depoimentos: de duas delatoras e uma advogada”, apontou o advogado. “Juliano é inocente. Não vejo nenhum colorido criminal em qualquer conduta dele”, acrescentou.
Outras autoridades
Dalledone Júnior disse que teve acesso aos documentos e adiantou que outras autoridades – secretários e/ou deputados estaduais – também estão sendo investigados. Como secretários e deputados têm foro privilegiado, o advogado questiona a legalidade da operação.
“Nós vamos analisar o conteúdo dessas declarações e quero ver o formato e a legalidade desta operação. Porque ao analisar documentos, diz aqui que autoridades com foro privilegiado estão sendo investigadas também. Então, tem que ser investigado pelo Tribunal de Justiça”, apontou o advogado.

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